Sobre enxergar os sinais
(e sobre ouvir a si mesmo)
Olá! Gratidão por você estar aqui!
Muitos
de nós começamos a revisar os meses que se passaram, quais metas
cumpriram, o que foi conquistado, etc, e vem aquela pergunta: e aí,
você já encontrou seu lugar? Já tem clareza sobre o que quer
fazer?
Para
quem tem caminhado pelas estradas do autoconhecimento, essa busca é
parte da caminhada. Até porque, como já dissemos por aqui no blog,
nada é permanente. Você pode muito bem mudar de ideia, de
profissão, de cidade, ou do que quiser.
Você
já se perguntou, se por acaso, aquilo que você tanto procura não
está bem na sua frente? Falando com você? Através dos mais óbvios
ou dos mais sutis sinais?
Pois
é, isso acontece (e muito).
Em um texto anterior, falei para vocês sobre ser uma pessoa
“multipotencial”, de ter vários gostos, e como isso pode
confundir nossa mente na busca por um foco. Às vezes, uma simples
conversa, uma música, um outdoor e algumas sutilezas podem mudar a
sua perspectiva e o seu ponto de vista.
Às
vezes parece que nós somos os únicos na Terra (sente o drama!) que
não encontramos a “profissão ou carreira perfeita”. Somos os
únicos que ouvimos em toda reunião de família “mudou de novo?”,
ou “você faz o quê mesmo?”, etc e etc. Mas perceba: já nos
coloquei no plural. Porque somos muitos! E estamos aqui mesmo para
evoluir.
Olhamos
a nossa volta, vemos nossos amigos, parentes e pessoas desconhecidas
com a carreira deslanchando, formando famílias, viajando pelo mundo,
etc e etc. E hoje em dia, com as redes sociais, isso fica cada vez
mais chamativo. E aí está um dos nossos piores modos de ver a vida:
comparando nossos bastidores com o palco do outro. Mesmo que o seu
objetivo final, o seu palco, não seja igual ao do outro,
inevitavelmente você se compara (afinal, todos temos ego).
O
que é o ego? Osho explica: http://www.oshobrasil.com.br/texto_1.htm
Às
vezes nem imaginamos o quê aquela pessoa passou para chegar até
ali, qual estrada tortuosa ela pegou, quantas montanhas subiu,
quantas vezes quase desistiu, e quantas tantas outras vezes errou e
trocou de estrada. Não se engane com redes sociais. O essencial, o
que é verdade mesmo, nós não vemos. Cada um sabe o que é estar na
própria pele.
O
fato é que: se você sente que está faltando algo, há um vazio ou
uma dúvida aí dentro, não ignore isso. Procure, medite, peça
ajuda, que de alguma forma sua resposta virá.
É
importante termos a capacidade de pedir ajuda. Você atrairá aquilo que vibra. Por isso, é
importante aumentarmos a nossa vibração energética. Assim como é
importante pedirmos ajuda. Se estamos fazendo isso, passaremos a
mensagem de que estamos abertos a receber ajudas, respostas e dicas.
E aqui é a hora de ficar atento para não perder os sinais.
“Pedir
ajuda” é algo muito amplo. Podemos pedir ajuda na nossa fé, em
orações; podemos pedir aos amigos que já passaram pela mesma
situação e venceram; a nossa família que nos conhece tão bem; a
um especialista no tema que procuro; a professores, tutores,
terapeutas, livros, cursos, psicólogos, coaches, etc e etc! As
possibilidades são infinitas!
No
entanto, é importante saber que quem tem a resposta é você.
As pessoas podem te dizer quais são seus talentos, o que elas
admiram, para o que você leva jeito, te dar dicas de cursos,
leituras, indicar um profissional conhecido, rituais, etc. Mas
atente-se para utilizar essas ferramentas para ativar a sua verdade
interior.
As
intenções das pessoas podem ser as melhores possíveis, mas a
resposta está em você. Você pode ser mil vezes elogiado por um
talento, como por exemplo, habilidade para organizar, limpar e
arrumar coisas. Mas não é por isso que você necessariamente será
um “personal organizer”, se no fundo da sua alma você
sente que seu coração vibra mesmo é pelos esportes. E está aí o
seu caminho.
Sinta:
o que você ama fazer? Faça esse exercício: se eu
pudesse ser qualquer coisa, se não houvesse nenhum impedimento, o
que eu faria?
E
aqui vou te contar um “segredo”: você pode fazer qualquer coisa.
É você que vibra e cocria tudo que acontece na sua
vida.
É
aqui que muita gente “empaca” e volta algumas casas nesse jogo.
Eu mesma já fiz isso várias vezes. Isso se deve a nossas crenças
limitantes, a nossa bagagem de vida e em tudo que fomos acostumados
ou treinados a ser, fazer e acreditar.
Nos
achamos incapazes, que a missão é impossível, que precisa de muito
dinheiro, ou que “isso não dá dinheiro”, que ninguém vai
querer ouvir, já tem muita gente fazendo isso, a timidez impede,
precisa de diploma, dá muito trabalho, o que pensarão de mim? Etc,
e etc. Quem nunca?
Tudo
não passa de uma grande ilusão. Mas é claro que não basta eu vir
aqui te dizer isso. É preciso trabalhar essas crenças, olhar para
dentro de si, enfrentar medos. Muitas crenças nos herdamos da nossa
infância, ou de relacionamentos do passado, de frases que escutamos
ao longo da vida e ficam no nosso subconsciente (exemplo: a vida é
dura; esse mundo é cruel; gente rica não presta; etc).
“Assim, você tem dois centros. Um centro com o qual você vem, que lhe é dado pela própria existência. Esse é o eu. E o outro centro, que é criado pela sociedade - o ego. Esse é algo falso - é um grande truque. Através do ego a sociedade está controlando você. Você tem que se comportar de uma certa maneira, porque somente assim a sociedade irá apreciá-lo. Você tem que caminhar de uma certa maneira; você tem que rir de uma certa maneira; você tem que seguir determinadas condutas, uma moralidade, um código. Somente assim a sociedade o apreciará, e se ela não o fizer, o seu ego ficará abalado. E quando o ego fica abalado, você já não sabe onde está, você já não sabe quem você é.” Osho.
Existem
diversas técnicas para ressignificar essas crenças (Thetahealing,
EFT, psicoterapia, entre outras), além da própria meditação, e do
silêncio que são essenciais. Mas como aqui estamos tratando dos sinais, é
essencial estar atento enquanto trata essas limitações
que todos temos.
Não
há uma lista de sinais. O que existe é uma identificação,
intuição. Aquilo que faz você vibrar, mesmo que você tenha medo.
Aquele desejo antigo, um sonho de criança, também pode te dar
alguma indicação. Uma conversa que você tenha, algo que escute na
rua, um livro, um texto no Outdoor, situações e cenas que se
repetem, enfim. Eu poderia ficar aqui especulando quais seriam esses
“sinais”.
Sri
Prem Baba uma vez deu uma dica, sobre como saber o seu
propósito nessa vida. Ele recomenda que tentemos lembrar, ou podemos
perguntar aos pais e parentes, o que nós dizíamos que iríamos ser
quando adultos? Pode ser uma dica para encontrar o caminho.
Não se prenda muito na palavra “propósito” achando que você precisa de algo extraordinário para cumprir sua missão nesse mundo. Todos somos Um, e para tudo funcionar por aqui, todos tem sua função. Mesmo que agora, para você, pareça ser algo muito simples.
É
você quem precisa sentir. A meditação ajuda
muito, algumas ideias podem surgir após a prática. Para mim, veio
em experiências que eu escrevi num caderno. Todas as ideias que eu
tinha, anotava. Depois de um tempo, já com outras ideias, medos e
menos crenças, voltava naquelas páginas para ler novamente. E assim
por diante. Em um dado momento, fiz a conexão de onde tudo se
repetia.
Como
todo ser humano, errei bastante (e continuo errando e aprendendo),
fui influenciada por opiniões alheias, por ideias da sociedade, etc.
A opinião do outro, é a opinião do outro. Mas saber distinguir
quando é um sinal ou um alerta para o que temos pedido, é
importante. Nós temos a capacidade de sentir quando essa opinião
vibra com a nossa energia.
Sabe porque decidir no cara ou coroa, jogando uma moeda, pode ajudar? Porque assim já ficamos sabendo para o que estamos torcendo! Esse pode ser um sinal 😉
Hoje
em dia, diferente de tempos passados, temos escolhas demais. O que,
para alguns, acaba dificultando e se tornando um desafio. Daí a
importância de se ouvir, de saber que os sinais vem quando estamos
abertos.
Não
há um manual de “Como enxergar os sinais e encontrar todas as
respostas”. Mas você pode começar a olhar para dentro de si.
E
aqui te dou uma dica. As dúvidas vão continuar surgindo. Vai vir
aquele friozinho na barriga de “Será que fiz a escolha certa? Acho
que não devia ter escolhido isso… E se der tudo errado?”. Está
tudo bem.
Sabe
como você vai saber isso? Fazendo. Você já deu o primeiro passo na intenção de mudar. Então agora vá lá! Se
atreva a continuar o que você começou. Se não der certo? Bom, como
você vai saber se ainda nem tentou?
Aprendamos
a silenciar a mente, para ouvir os sinais da alma.
Boa
caminhada!
Gratidão!
Ana
Carolina Reis
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